domingo, 22 de agosto de 2010

Com medo de ser feliz.'


O encontro amoroso pleno é um sonho da maioria das pessoas que tenho conhecido.E como são poucas as que chegam lá!Séra por coincidência? Sérão de fato as dificuldades externas-obstáculos de todo o tipo - que impedem a realização do amor? Não acredito em nada disso.Penso que existe um ''fator antiamor'' presente dentro da nossa mente.Esse fato é o medo.Medo derivado de várias fontes.A mais óbvia delas é o medo de dependência.Sim, porque é absolutamente impossível amar sem depender, sem ficar na mão do ser amado.Se ele fizer mau uso da nossa dependência, acabará nos impondo grande sofrimento e dor.É por isso que muitas pessoas preferem renunciar á entrega amorosa.Preferem ser amadas em vez de amar.Pode parecer esperteza; mas, na realidade, trata-se de covardia.
Além da dependência, há vários medos relacionados á experiência do amor.Vou me dedicar a mais um, talvez mais importante do que todos os outros.É o medo da felicidade.Sim, porque nada faz uma pessoa tão feliz quanto a realização amorosa.Quando estamos ao lado do amado, a sensação é de plenitude, de paz.O tempo poderia parar naquele ponto, pois todos os nossos desejos foram satisfeitos.No entanto, logo depois da euforua surge a inquietação, acompanhada de um nervosismo vago e indefinido.Parece que alguma desgraça está a caminho, aproximando-se a passos gigantes .Temos a impressão de que é impossível preservar tamanha felicidade.Não adianta nem mesmo seguir os rituais supersticiosos:bater na mdeira,fazer figa...Aliás, tais atitudes deveriam justamente de incredulidade que nos domina quando as coisas estão indo bem dimais em qualquer setor da vida.
Deixando de lado as importantes questões teóricas relacionadas á existência desse temor, podemos dizer que o medo da felicidade tem como base o receio de sua futura perda.Quanto mais contente e realizados nos sentimos, tanto mais provável nos parece o fim desse estado de graça.Segundo um estranho raciocpinio, as chances de acontecerem coisas dolorosas e frustantes aumentam muito quando estamos felizes.O perigo cresce proporcionalmente á alegria.Dessa forma, á sensação de planitude vai se acoplando um enorme medo, pânico mesmo.Então, o que fazemos?Afastamos-nos deliberadamente da felicidade.Cometemos bobagens de todo o tipo; arrumamos um modo de magoar a pessoa amada, de inventar problemas que não existem ou exageramos a importância dos pequenos obstáculos.Escolhemos parceiros inadequados, prejudicando ás vezes outras áreas importantes da vida:saúde,trabalho,finanças.Para reduzir os riscos de uma hipotética tragédia, procuramos um jeito de apagar nossa alegria.Enfim, criamos uma dor menor com o objetivo de nos proteger de uma suposta dor maior.

(Texto retirado de um livro que no momento não me recordo o nome rs)